Sinopse:
Após seu pai alemão ser condenado como espião, uma jovem mulher (Ingrid Bergman) passa a se refugiar em bebida e homens. É assim que se aproxima de um agente do governo (Cary Grant), que pergunta se ela concorda em ser uma espiã americana no Rio de Janeiro, onde nazistas amigos do pai dela estão operando. Ela acaba se casando com um espião nazista, mas se apaixona pelo seu contato no governo americano.
Contexto:
O Brasil estava definitivamente no mapa quando uma história ambientada aqui (ainda que só com uma cena ou outra realmente filmada em nossas terras) é dirigida por Alfred Hitchcock e protagonizada por astros da magnitude de Ingrid Bergman, Cary Grant e Claude Rains. Um ano após a 2ª Guerra Mundial terminar, o mestre inglês do suspense guia uma história sobre a caça da inteligência norte-americana aos espiões nazistas sobreviventes e o resultado é um absoluto deleite. A tensão sexual entre Grant e Bergman tem motivação política por trás e, enquanto os personagens se envolvem tendo as belas projeções do Rio de Janeiro e suas praias por trás, sabe-se que o perigo pode explodir a qualquer momento – só nunca podemos dizer quanto. Para os fascinados pelo “charme” do império de entretenimento estadunidense em seu auge, esse aqui tem um “gosto” particular brasileiro acentuado pela “política de boa vizinhança” entre os países do continente americano.
Por Bernardo Brum