A Mostra

Talvez nenhuma outra corrente de cinema tenha representado tanto o diálogo entre contexto social e realização das obras.

A Alemanha, durante a República de Weimar, enfrentava um período difícil, com o orgulho ferido pós-Primeira Guerra e com a economia massacrada, especialmente após a quebra da Bolsa de 29. O expressionismo, influenciado pela arte pictórica de artistas como Edvard Munch e movimentos dramatúrgicos como o kammerspiel ou drama de câmara, arraigou um público crescente sedento por elementos como paixão, insanidade, traição e crime. Uma reconfiguração de um sonho imperialista destruído, como nota Lotte Eisner, para uma classe média que consome obras de temáticas perturbadoras, como nota David Bordwell. Agradar um público que se alienou politicamente e que encontraria vazão de suas angústias no fascismo foi o que possibilitou o expressionismo explorar um cinema literalmente visionário, pois como defende Lotte Eisner, seus autores “rasgaram o véu” entre o interno e o externo, deixando sair toda a sorte de demônios e fantasmas que habitavam a psique do alemão médio.

Os cenários construídos de maneira angular, os atores caracterizados em representações maneiristas, o uso forte de sombras, onde homens-demônios sintetizaram a catarse através de narrativas de pesadelo e morte… Tudo isso, para Siegfried Kracauer, foi o sintoma de uma nação habitando entre a anarquia e a tirania, estilisticamente prevalecendo no cinema como um todo à arquitetura monumental da estética fascista, sendo, em seguida, incorporando no cinema mundial como uma estética possível de ser utilizada para narrar as angústias sociais, como é possível de ver no film noir.

Essa mostra pretende portanto fazer um recorte histórico das mais importantes obras expressionistas, seus principais autores, seus diálogos com gêneros como o melodrama, ficção científica e o filme de crime e como foi um momento definitivo, especialmente na época do filme mudo, na construção do cinema como arte legítima.

Pensa-se justamente, acima de tudo, como o então jovem meio de expressão torna-se, em perspectiva materialista, uma ferramenta fundamental para compreender a sociedade que a produz.

A Plataforma

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Candinho (1952) Copy

Sinopse: Candinho (Mazzaropi) foi encontrado nas águas sujas de um riacho. Ao seu lado estava um jumentinho, chamado Policarpo. Candinho e o jumento cresceram juntos,

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Candinho (1952) Copy

Sinopse: Candinho (Mazzaropi) foi encontrado nas águas sujas de um riacho. Ao seu lado estava um jumentinho, chamado Policarpo. Candinho e o jumento cresceram juntos,

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Candinho (1952)

Sinopse: Candinho (Mazzaropi) foi encontrado nas águas sujas de um riacho. Ao seu lado estava um jumentinho, chamado Policarpo. Candinho e o jumento cresceram juntos,

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O Cangaceiro (1952)

Sinopse: O cangaceiro “Capitão” Galdino aterroriza vilarejos pobres da Região Nordeste do Brasil, saqueando e matando com frequência com seu bando armado. Num de seus ataques

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Amei um Bicheiro (1952)

Sinopse: Jovem ambicioso sai do interior e vem para o Rio de Janeiro, onde acaba se envolvendo com o jogo do bicho. Após um tempo na cadeia,

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Carnaval Atlântida (1952)

Sinopse: Xenofontes (Oscarito), um sisudo professor de mitologia grega, é contratado pelo produtor Cecílio B. de Milho (Renato Restier) como consultor da adaptação do clássico

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Interlúdio (1946)

Sinopse: Após seu pai alemão ser condenado como espião, uma jovem mulher (Ingrid Bergman) passa a se refugiar em bebida e homens. É assim que

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O Ébrio (1946)

Sinopse: Gilberto é um jovem rico do interior. Quando seu pai perde a fazenda, ele vai tentar a vida na cidade. Tudo parece dar certo

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Argila (1940)

Sinopse: Admiradora de obras de arte e, em especial, da cerâmica de Marajó, jovem viúva compra uma cerâmica de objetos utilizados e a entrega a

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Alô, Alô, Carnaval (1936)

Sinopse Conta a dificuldade de dois autores (Barbosa Junior e Pinto Filho) em conseguir um empresário para sua revista chamada “Banana-da-terra”. Indo a um cassino,

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Limite (1931)

Sinopse: Em um pequeno barco à deriva, duas mulheres e um homem relembram seu passado recente. Uma das mulheres escapou da prisão; a outra estava

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Sob o Céu Nordestino (1929)

Sinopse: Um panorama socioeconômico e cultural do Nordeste. “Documentário sobre o Estado da Paraíba, com aspectos gerais das cidades de Umbezeiro, Borborema, Bananeiras, Araruna, Campina

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Os Organizadores

  • Direção: Amanda Sayeg, Felippe Cesar Marins e Bruno Paiva.
  • Produção: Macondo Produtora
  • Tecnologia: TV Coiote Play
  • Curadoria: Bernardo Brum e Felippe Cesar Marins.
Produção da Mostra: